Foto: Ana Kézia Gomes/g1 RO

O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) iniciou um inquérito civil público para investigar o desmatamento ilegal de uma área de 436,88 hectares no município de Machadinho D’Oeste. Essa área, equivalente a mais de 600 campos de futebol, é considerada de especial preservação ambiental, mas foi alvo de desmatamento sem a autorização dos órgãos competentes. A irregularidade foi detectada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais (CENIMA), que utilizou imagens de satélite e bancos de dados geoespaciais para identificar a degradação.

O objetivo do inquérito é apurar os responsáveis pelo desmatamento e buscar a reparação dos danos ambientais causados. Para isso, o MP-RO já deu início a uma série de ações investigativas, incluindo a expedição de ofícios a órgãos como o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Rondônia (IDARON), a Delegacia de Polícia Civil de Machadinho D’Oeste e o Núcleo de Análises Técnicas do MP-RO (NAT). Essas instituições têm a tarefa de coletar informações detalhadas sobre o caso, incluindo como o desmatamento foi realizado e quem são os possíveis responsáveis.

Além disso, o Cartório de Registro de Imóveis foi acionado para fornecer dados sobre a propriedade da área desmatada. Essa medida visa identificar os proprietários legais do terreno e verificar se houve omissão ou participação direta no crime ambiental. A ação reforça o compromisso do MP-RO em combater práticas ilegais que ameaçam o meio ambiente e em promover a responsabilização dos envolvidos.

O caso chama a atenção para a importância do monitoramento ambiental por meio de tecnologias como imagens de satélite, que permitem a identificação rápida e precisa de atividades ilegais em áreas de preservação. A degradação de 436,88 hectares em uma região de especial interesse ecológico representa um impacto significativo para a biodiversidade local e para os recursos naturais do estado de Rondônia.

O MP-RO destacou que a investigação está em andamento e que novas medidas poderão ser tomadas à medida que mais informações forem obtidas. A expectativa é que o inquérito civil público resulte na aplicação de penalidades aos responsáveis e na adoção de medidas para recuperar a área degradada, contribuindo para a preservação ambiental na região.