parlamentar de disseminar fake news sobre o sistema eleitoral, teve cinco votos a favor da cassação e dois contra. A decisão ainda pode ser recorrida.
Ação judicial e reações imediatas
O processo, movido pela deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), argumentou que Zambelli teria usado redes sociais para atacar a credibilidade das urnas eletrônicas durante a campanha de 2022, violando o decoro parlamentar. A relatora do caso, juíza Luciana Carrasco, destacou que “a desinformação promovida pela parlamentar minou a confiança no processo democrático”.
Zambelli não poupou críticas. Em suas redes sociais, classificou a decisão como “mais um capítulo da perseguição política para silenciar opositores”. “A luta continua. Cabe recurso, e não vamos desistir de lutar por nossa Nação”, escreveu no X (antigo Twitter), onde acumula milhões de seguidores.
Aliados da direita repudiam decisão
A cassação ecoou entre parlamentares da base aliada de Zambelli, que viram na medida um ataque à representatividade popular. O senador Jorge Seif (PL-SC) afirmou: “Quem deve cassar mandatos é o eleitor, não tribunais. A perseguição à direita é clara e absurda”. Já o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) questionou o impacto eleitoral: “Jogaram fora milhões de votos. Zambelli foi a terceira mais votada do país em 2022”.
Contexto amplo: acusações de golpe e Ética na Câmara
Além da ação no TRE, o Psol move-se em outra frente: em dezembro de 2023, o partido pediu ao Conselho de Ética da Câmara a cassação de Zambelli com base em relatório da Polícia Federal (PF). O documento sugere que a deputada, em reunião com o então comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Junior, em dezembro de 2022, teria buscado apoio para ações pós-eleitorais consideradas “antidemocráticas”.
Próximos passos
Zambelli pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter a cassação. Enquanto isso, a bancada do PL na Câmara prepara manifestações públicas em apoio à parlamentar. O caso reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão de agentes políticos e o papel da Justiça Eleitoral em fiscalizar condutas consideradas lesivas à democracia.